Fazenda solar no Alasca
No dia da visita do repórter da BBC a fazenda solar localizada a 50 milhas de Anchorage no Alasca, a temperatura era de -16C. Os painéis solares cobertos por uma espessa camada de neve aguardavam os primeiros raios de sol às 9am.
Além disso, os raios de sol não são presentes durante boa parte do ano. O cenário um tanto quanto desolador para o mais novo e maior empreendimento solar do estado. Mas, essa fazenda solar no Alasca prova que energia solar pode funcionar mesmo nos locais mais improváveis.
A fazenda solar no Circulo Ártico consegue aproveitar apenas 6 horas de sol diários durante os meses de inverno. Além disso, há um grande descompasso entre a maior geração de energia durante o verão e o maior consumo de energia nos dias frios de inverno. Curiosamente, durante o verão, a fazenda aproveita quase 18 horas diárias de irradiação e a produção excede 8mil kWh/dia. Em suma, a produção de cerca de 1,35MWh é suficiente para abastecer 120 casas durante um ano todo.
A viabilidade da energia solar no polo norte impressiona
A velocidade das mudanças climáticas é ainda maior no Ártico. Tal fato, impulsiona a necessidade de reduzir o uso de combustíveis fósseis e expandir as opções de energia renovável. Nesse sentido, o projeto piloto da fazenda solar com 2 seções de painéis com 70 kWh instalados em 2018 apontaram a viabilidade do projeto. E foi fundamental para atrair a atenção de investidores que permitiu a expansão do projeto.
Os operadores da fazenda solar destacam que a viabilidade da energia solar é função de 2 coisas: irradiação solar e preços de energia elétrica.
De um lado, os preços de eletricidade no Alasca são praticamente o dobro da média norte-americana. De outro lado, talvez surpreendentemente, o Alasca é um lugar com irradiação mais que suficiente.
Afinal os custos de operação e manutenção são relativamente baixos. Mesmo considerando custos extras de limpeza e retirada da neve sobre as placas solares.
Avanços tecnológicos expandem limites da energia solar
De fato, a tecnologia desempenha um papel crucial para possibilitar as fazendas solares no círculo ártico. Diferentemente de outras regiões, onde a inclinação das placas visa maximizar exclusivamente a captação de irradiação na latitude da fazenda. No Alasca, a inclinação das placas de 45 graus é definida para otimizar a produção de energia e ajudar na retirada da neve sobre as placas.
Além disso, as placas já consideram camadas protetoras que ajudam a neve a deslizar mais facilmente. Dessa forma, reduzindo o esforço e custo de manutenção da fazenda solar.
Redução dos preços devem ajudar na expansão da energia solar
Os custos das placas continua caindo. Em 2018 o projeto piloto da fazenda utilizou placas de 340 watts. Enquanto em 2019, na expansão do projeto adotou placas, 10% mais baratas de 370 watts, .
Energia solar já é mais competitiva que combustíveis fósseis como o carvão.
O preço crescente da eletricidade no Alasca aumenta o apetite por fontes alternativas.
A próxima fazenda solar no Alasca deve ser ainda maior e deve atender a demanda de 1000 casas.
Que lições podemos tirar dessa experiência?
A simples existência de fazendas solares no polo norte evidencia o quanto a energia solar avançou. Se a energia solar se mostrou viável lá, o que limita sua expansão no Brasil. Afinal dispomos de um território continental, onde o sol não é um problema e pagamos uma conta de energia cara.
Atualmente a energia solar distribuída já abastece mais de 460 mil consumidores espalhados em 5.273 municípios brasileiros. De fato, o crescimento exponencial desde as primeiras instalações em 2012 deve ser comemorado. No entanto, o Brasil possui mais de 86 milhões de consumidores. O que deixa evidente o longo caminho e a grande oportunidade de transformação.
Mesmo avaliando o estado de Minas Gerais, destaque nacional na energia solar distribuída, percebemos que podemos mais. Afinal são mais de 83 mil instalações atendendo quase 120 mil consumidores. No entanto, somente na área de concessão da CEMIG, temos mais de 7 milhões de clientes residenciais. E mais de 770 mil consumidores comerciais que poderiam adotar a energia solar.
Muitos avaliam que os preços dos equipamentos, as incertezas regulatórias ou a complexidade operacional são obstáculos intransponíveis. No entanto, a energia solar por assinatura chega para democratizar o acesso a todos. Além disso, a energia solar por assinatura permite que famílias e empresas produzam sua própria energia solar, sem investimentos e sem dor de cabeça.
A SUNWISE, por exemplo, disponibiliza fazendas solares construídas no norte do estado de Minas Gerais, onde as condições de irradiação solar são extremamente favoráveis para centenas de clientes. São centenas de consumidores residenciais, comerciais e industriais localizados na área concessão da CEMIG que já adotaram a energia solar por assinatura. Caso queira saber mais e economizar na sua conta de luz, clique aqui.