A insatisfação e percepção que pagamos caro pela energia elétrica é praticamente consenso entre os brasileiros.
Nesse sentido, a pesquisa Ibope e Abraceel apontou que 84% dos brasileiros acham que pagam caro por sua energia elétrica, gostariam de ter uma alternativa e percebem a geração solar própria com bons olhos.
Entenda agora por que sua conta de luz é tão cara.
O que pagamos na conta de luz além da energia?
Primeiramente, a sua conta de luz da CEMIG é composta por diversas componentes de custos. Vamos explorar e entender cada um deles.
No caso de um cliente residencial, por exemplo, que consome 100kWh em um mês, sem bandeiras tarifárias, o valor a ser pago parte de R$ 61,81, correspondente ao valor da tarifa sem impostos.
Esse valor de R$ 61,81 remunera:
- primeiramente, R$ 33,47 pela energia que foi gerada na usina (54,1%),
- R$ 4,05% pela transmissão ou transporte da energia até a subestação de distribuição (6,6%),
- R$ 19,24 pela distribuição que reduz e adequa a tensão para seu consumo na sua residência (31,1%)
- e R$ 5,06 pelos encargos (8,2%).
De fato, vale lembrar que ainda não incluímos nessa conta os impostos e a contribuição de iluminação municipal – CIP.
Atualmente a tarifa de energia elétrica sem impostos da CEMIG de R$ 61,81 ocupa a 28a. posição no ranking das tarifas mais altas do país, dentre 83 distribuídoras. Atualmente, a tarifa média nacional residencial é de R$ 0,573/kWh (vs. R$ 0,618/kWh da CEMIG).
Além disso, essas tarifas apresentam grande variedade entre as distribuidoras. Por exemplo: temos a tarifa residencial de R$ 0,703/kWh na Celpa no estado do Pará e de 0,490 na CPFL Piratininga no interior do estado de São Paulo. E mais, cada distribuidora possui um calendário específico de revisão tarifária, como veremos adiante.
Por que pagamos os encargos e subsídios na conta de luz?
Em segundo lugar, como vimos, dos R$ 61,81 da tarifa sem impostos, pagamos R$ 5,06 para encargos e subsídios. Ao totalizar a contribuição de todos os brasileiros com os encargos atinge-se valores superiores a R$ 20 bilhões anuais. Veja a quantidade de contribuições que você financia e colabora através da sua conta de luz:
- CDE, Conta de Desenvolvimento Energético, que visa propiciar o desenvolvimento energético a partir das fontes alternativas, promover a universalizacão do serviço de energia e subsidiar as tarifas da subclasse residencial (Baixa Renda)
- CCC, Conta de Consumo de Combustíveis, para subsidiar a geração térmica, principalmente na região norte (Sistemas Isolados)
- ESS, Encargos de Serviços do Sistema, para subsidiar a manutenção da confiabilidade e estabilidade do Sistema Elétrico Interligado Nacional
- PROINFA que visa subsidiar as fontes alternativas de energia
- RGR, Reserva Global de Reversão, para indenizar ativos vinculados à concessão e fomentar a expansão do setor elétrico
- TFSEE Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica para prover recursos para o funcionamento da ANEEL
- P&D Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética para promover pesquisas científicas e tecnológicas relacionadas à eletricidade e ao uso sustentável dos recursos naturais
- ONS Operador Nacional do Sistema para promover recursos para o funcionamento do ONS
- CFURH Compensação Financeira pelo Uso de Recursos Hídricos para compensar financeiramente o uso da água e terras produtivas para fins de geração de energia elétrica
- Royalties de Itaipu para pagar a energia gerada de acordo com o Tratado Brasil/Paraguai
O impacto dos impostos estaduais (ICMS) e federais (PIS/COFINS) na energia elétrica
No entanto, você deve estar pensando por que pagamos um valor ainda maior que os R$ 61,81 pelo consumo mensal de 100kWh.
A componente faltante são os tributos federais, estaduais e municipais, que estão embutidos nos preços dos bens e serviços.
As distribuidoras apenas recolhem e repassam esses tributos às autoridades competentes pela sua cobrança. A ANEEL publica, por meio de resolução, o valor da tarifa de energia sem os tributos, por classe de consumo (residencial, comercial, industrial, etc.).
Com base nesses valores, as distribuidoras incluem os tributos: PIS, COFINS, ICMS e CIP, e emitem a conta de luz que os consumidores pagam.
Valor a ser cobrado do consumidor =
Valor da tarifa publicada pela ANEEL / 1 – (PIS + COFINS + ICMS)
A alíquota de ICMS aplicado nas contas de luz no estado de Minas Gerais para clientes de baixa tensão residencial é de 30%. Enquanto isso, estabelecimentos comerciais possuem alíquota de 25% e industriais, 18%. O estado de Minas Gerais arrecadou através do ICMS nas conta de luz mais R$ 5 bilhões em 2019.
A alíquota de PIS e COFINS de 1,65% e 7,6%, respectivamente, apurados de forma não cumulativa, varia todos os meses. Esse tributo varia com o volume de créditos apurados mensalmente pelas concessionárias e com o PIS e a COFINS pagos sobre custos e despesas no mesmo período. Por exemplo nas contas de luz da CEMIG referentes a setembro de 2020, a alíquota efetiva de PIS e COFINS foi de 4,87%.
Dessa forma, incluindo os tributos estaduais e federais, o valor da nossa conta de luz salta de R$ 61,81 para R$ 92,82.
Há ainda mais um tributo municipal na conta de luz: a CIP
Além disso, todos pagamos a Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (CIP) na nossa conta de luz.
É atribuído ao Poder Público Municipal toda e qualquer responsabilidade pelos serviços de projeto, implantação, expansão, operação e manutenção das instalações de iluminação pública.
Nesse caso, a concessionária apenas arrecada a taxa de iluminação pública para o município.
O cálculo da CIP é proporcional ao consumo de energia elétrica. Dessa forma para consumo de até 100kWh/mês, a cobrança é de 1% da TCIP (tarifa de iluminação pública), chegando até 10% da TCIP para consumo superior a 500kWh/mês.
No nosso caso de consumo de 100kWh, nossa conta de luz chega agora a R$ 97,82. Importante notar, que a CIP varia com o consumo e também com as bandeiras tarifárias, que veremos a seguir.
As bandeiras tarifárias impactam diretamente sua conta de luz
O sistema de bandeiras tarifárias funciona como um “semáforo” que indica a diferença de custo de geração de energia para os consumidores.
Dessa forma, agora, o repasse de custos maiores de geração de energia elétrica são repassados mais rapidamente para o consumidor.
Além disso, dá a oportunidade para adaptar seu consumo, e reduzir o valor da sua conta de luz.
Com o início da aplicação das bandeiras tarifárias nas contas de energia das distribuidoras, em 1º de janeiro de 2015, houve um impacto também no valor das contas de energia, que poderão sofrer acréscimos gradativos, de acordo com o consumo.
1. Bandeira verde, que representa condições favoráveis de geração de energia. a tarifa não sofre nenhum acréscimo.
2. Bandeira amarela, que representa a geração em condições menos favoráveis, a tarifa sofrerá acréscimo de R$ 1,34 a cada 100 kWh.
3. Bandeira vermelha – Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 4,16 para cada 100 kWh.
4. Bandeira vermelha – Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 6,24 para cada 100 kWh.
Dessa forma, nossa conta de luz de R$ 97,82 poderia chegar até a R$ 108,07, no caso de uma bandeira vermelha nível 2.
Curiosamente, mesmo se você tiver consumo zero, será cobrado o custo de disponibilidade do sistema elétrico.
Nesse sentido, mesmo quando há consumo zero no local, o cliente será tarifado no Sistema de Bandeiras Tarifárias, de acordo com o consumo mínimo (custo de disponibilidade).
Além disso, ainda temos os reajustes e revisões tarifárias
A tarifa da CEMIG apresentou aumentos e reduções ao longo dos anos, conforme apontado no quadro ao lado, saindo de R$ 0,398/kWh em 2011 para os atuais R$ 0,618/kWh.
Nesse sentido, as tarifas de energia elétrica podem ser reajustas através de 3 instrumentos previstos:
a) REAJUSTE TARIFÁRIO: restabelece o poder de compra da receita da concessionária. Acontece anualmente, na data de aniversário do contrato, exceto no ano de revisão tarifária.
b) REVISÃO TARIFÁRIA PERIÓDICA: permite um reposicionamento da tarifa após completa análise dos custos eficientes e remuneração dos investimentos prudentes, de 5 em 5 anos. Esse mecanismo se diferencia do reajuste anual por ser mais amplo e levar em conta todos os custos, investimentos e receitas para fixar um novo patamar de tarifa, adequado à estrutura da empresa e ao seu mercado.
c) REVISÃO TARIFÁRIA EXTRAORDINÁRIA: destina-se a atender casos muito especiais de desequilíbrio justificado. Pode ocorrer a qualquer tempo, quando algum evento imprevisível afetar o equilíbrio econômico-financeiro da concessão, como a criação de um novo encargo setorial.
Por fim, vale destacar, que medidas de eficiência energética e adoção de novas formas de geração solar distribuída podem ajudar você a reduzir sua conta de luz.
Caso queira saber mais como as fazendas solares da SUNWISE podem ajudar você a reduzir sua conta de luz, sem a necessidade de nenhum investimento, entre em contato conosco e solicite uma oferta sob medida.
De fato, muitas residências, comércios e indústrias já estão se beneficiando das economias das fazendas solares por assinatura e se protegendo contra futuros aumentos de tarifa, superiores a inflação medida pelo IPCA.
Veja como é simples, rápido e fácil participar dessa jornada de sustentabilidade, onde você economiza dinheiro, sem investimentos, sem entradas, sem riscos operacionais e ainda colabora com o meio ambiente.
E onde encontramos essas informações na conta de luz?
Agora vamos percorrer todos os campos da conta de luz para que você compreenda as principais informações.
Enfim, a idéia é conseguirmos entender tudo o que pagamos na conta de luz.
Afinal, são muitas informações que a concessionária apresenta todos os meses para você. Muitas dessas informações são importantes para entendermos por que pagamos uma conta tão alta.
Além disso, alguns dados podem nos ajudar a tomar decisões que permitam-nos economizar.
Além disso, você verá como um consumidor residencial reduziu drasticamente sua conta de luz com a energia solar por assinatura.
Nesse sentido, dividimos a conta de luz da CEMIG em 7 áreas:
- Informações do cliente
- Classificação da instalação do cliente
- Informações Gerais
- Histórico de Consumo
- Valores Faturados
- Impostos Federais e Estaduais
- Informações de Pagamento da Conta de luz
Vamos agora explorar cada uma das 7 áreas da conta de luz:
1. Informações do cliente:
Nesse espaço você encontra seus dados pessoais, endereço, CEP e CPF ou CNPJ. Nesse sentido, caso encontre alguma divergência, entre em contato com o atendimento da CEMIG e forneça seus dados de identificação (seu número de cliente e instalação).
Além disso, aqui você ainda encontra o mês de referência da fatura, o dia do vencimento e o valor total da conta do cliente.
No exemplo, o consumidor Marília de Dirceu teve sua conta de JAN/2021 bastante reduzida pelos créditos de energia solar! Afinal antes da energia solar ele pagava uma conta de quase R$ 24 mil e agora pagou no vencimento de 17/02/2012 menos de R$ 800,00.
2. Classificação da instalação do cliente:
Nessa parte você encontra a classe/tipo de cliente que define sua modalidade tarifária (classes residencial, comercial, industrial, rural e poder público).
As datas de leitura indicam quando o leiturista fez a medição de consumo mensal.
Além disso, temos informações técnicas da leitura: a unidade de medição da energia elétrica (kWh), o rótulo da medição, a última leitura feita e a leitura atual.
Nesse sentido, essa diferença é que define o consumo total de energia elétrica do mês.
No exemplo, o consumidor é residencial trifásico e sua modalidade tarifária Convencional B1. Esse consumidor paga umas das tarifas mais altas. Nesse mês, a tarifa ultrapassou R$ 0,99 devido aos impostos e bandeiras.
3. Informações Gerais:
Nesse espaço a CEMIG mostra avisos importantes. Por exemplo; descontos na conta de luz, reajustes tarifários e bandeiras tarifárias.
Assim que você optar energia solar por assinatura, a CEMIG informará sua geração de energia solar e eventual saldo de créditos válidos por 60 meses.
No exemplo, o consumidor possui um saldo de geração solar de 63.4050,84 kWh. Afinal, a energia solar amorteceu o gasto mais alto devido a Bandeira Vermelha P2 em dezembro e a Bandeira Amarela em janeiro.
4. Histórico de Consumo:
Aqui você encontra o consumo de energia dos últimos 13 meses.
Normalmente, esse histórico é rico e fornece dicas de oportunidades de redução de consumo.
Assim, você consegue inclusive comparar a média diária e comparar o consumo entre dias quentes de verão e frios de inverno.
No exemplo, o consumidor apresentou uma queda no consumo no início da pandemia nos meses de abril a julho. No entanto, o padrão de consumo normalizou-se a partir de outubro de 2020.
5. Valores Faturados:
Nesse espaço você encontra o cálculo da sua conta de energia elétrica.
Para os clientes de baixa tensão, o valor a ser pago é calculado pela multiplicação da quantidade de energia consumida (kWh) pela tarifa/preço definida pela sua modalidade tarifária acrescido de impostos (R$).
Além da energia, você também paga a contribuição de iluminação pública e eventuais juros e correção por atraso de pagamentos.
Assim que você optar pela energia solar por assinatura você observará os créditos reduzindo a quantidade de energia consumida e as economias.
No exemplo, é possível ainda verificar a quantidade de 23.300 kWh injetados pela fazenda solar que gerou créditos e reduziu a conta de luz. A nova conta de luz é composta apenas pelo custo de disponibilidade equivalente a 100kWh para um consumidor residencial trifásico (R$ 99,44), a cobrança extra da CEMIG de R$ 648,80 (energia compensada s/ICMS – energia injetada) e a contribuição da iluminação pública (R$ 38,28).
Dessa forma, o consumidor reduziu sua conta de luz de R$ 23.958,26 para R$ 786,53. A energia solar ajudou a economizar ainda mais devido ao impacto do adicional das bandeiras, sendo R$ 52,39 da bandeira vermelha P2 e R$ 3,75 da bandeira amarela
6. Impostos Federais e Estaduais
Nesse campo são apresentados os impostos federais (PASEP e COFINS) e estaduais (ICMS) presentes em uma conta de luz.
No nosso exemplo, o cliente residencial pagou uma alíquota de 30% de ICMS e uma alíquota de cerca de 4% de PASEP/COFINS nesse mês.
7. Informações de pagamento da conta de luz
Finalmente, temos as informações de pagamento. Você encontra o valor total a pagar e a data de vencimento da conta.
Além disso, você ainda possui o código de barras para pagamento do boleto e opção do código para débito automático.
Enfim, esse total representa o valor da conta de energia elétrica da CEMIG daquele mês, já incluindo todos os encargos, tributos, impostos e multas.
Assim, esperamos que agora você tenha um melhor entendimento de por que pagamos tanto em nossas conta de luz.
E como economizar na conta de luz, sem investimentos e sem dor de cabeça?
Finalmente, após compreender todos os componentes de sua conta de luz da CEMIG, você pode também avaliar novas formas de reduzir seus gastos com a conta de luz.
Uma nova forma disponível para todas as pessoas e as empresas é o compartilhamento de fazendas solares.
Nesse sentido, caso deseje conhecer um pouco mais para saber, quando você pode economizar, sem fazer investimentos, sem prazos/multas contratuais e ainda ajudar o meio ambiente, clique aqui, e receba uma oferta sob medida da SUNWISE para você.
Enfim, aproveite as novas fazendas solares já em operação e garanta suas economias.
Afinal, centenas de pessoas e empresas já estão economizando e contribuindo com o meio ambiente.
Veja como é simples, rápido e fácil fazer a coisa certa!