A Agencia Nacional de Energia Elétrica, a ANEEL, aprovou recentemente a conta-covid, através do decreto no. 10.350/2020 para amenizar o impacto nas tarifas, que são reajustadas todos os anos. No entanto, os consumidores continuam sofrendo com as contas de luz mais caras.
A conta-covid amenizou o aumento das contas de luz…
A crise provocada pela pandemia paralisou as atividades de diversos setores de comércio, indústria e serviços. Por consequência, o setor elétrico também viu uma redução de consumo de energia elétrica de 14% em relação ao mesmo período de 2019 e um aumento de 10% na inadimplência desde o início da pandemia.
Esses custos que seriam cobrados dos consumidores nos próximos 12 meses, serão diluídos em 60 meses, graças a conta-covid. Nesse sentido, a conta-covid foi criada para diminuir esse impacto de reajuste nas tarifas, através de empréstimos feitos pelos bancos públicos e privados para o setor elétrico. Ao todo, R$ 15,3 bilhões com taxa de juros de CDI + 3,79% serão distribuídos por 16 bancos. Por exemplo, destacam-se a participação do Bradesco BBI, Itaú BBA e BNDES, que juntos respondem por 55% do total a ser emprestado.
… Mas não conseguiu eliminar o impacto final nos bolsos dos brasileiros
Notamos um aumento médio ponderado de 3,82% com reajustes tarifários aprovados pela ANEEL após o início da pandemia. De certo, nota-se uma grande dispersão dos reajustes entre as 10 distribuídoras avaliadas, desde aumentos de 8,54% para consumidores de baixa tensão no Tocantins até redução de 2,73% nas contas para clientes residenciais em Sergipe.
Em Minas Gerais, os 8,4 milhões de consumidores, atendidos pela CEMIG, estão com tarifas maiores no mês de julho. Enquanto os clientes residenciais tiveram um impacto de 2,50%, os consumidores industriais tiveram um aumento de 6,19%.
Em São Paulo, os 7 milhões de consumidores paulistas, abastecidos pela ENEL SP, também tiveram suas contas aumentadas em média em 4,23%. Similarmente, os clientes residenciais tiveram um aumento menor, de 3,61%, enquanto os consumidores industriais sofreram um reajuste de 6,00%.
Além dos fatores de redução de consumo e aumento da inadimplência, outro fator que justificou o reajuste das tarifas de energia elétrica foi a desvalorização do real ante o dólar. Isso porque, uma parcela importante da energia adquirida pela distribuídoras é proveniente da usina de Itaipu, cujos contratos são determinados na moeda norte-americana.
Como reduzir o impacto do aumento da sua conta de luz?
Apesar do amortecimento do impacto pela conta-covid, o consumidor ainda precisa arcar com aumentos de tarifas em diversas regiões do país. Ao consumidor resta ficar ainda mais atento aos seus gastos e buscar alternativas para economizar. As contas de luz estão mais caras.
- Checar se os volumes cobrados em sua conta de luz refletem os valores medidos em seu padrão de entrada. Caso haja divergências, entre em contato com sua concessionária e peça o reajuste.
- Reduzir o consumo de alguns aparelhos críticos como ar condicionado ou chuveiro elétrico.
- Buscar formas de parcelamento e renegociação de dívidas com a distribuidora local.
- Aderir às fazendas solares da SUNWISE.
Em suma, agora todos os consumidores residenciais, comerciais e industriais abastecidos em baixa tensão na área de concessão da CEMIG podem economizar, sem investir nada e ainda contribuir com o meio ambiente. Peça uma proposta sob medida para você.