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O que você acha de viver em uma cidade flutuante?

cidades flutuantes

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Uma rápida reflexão sobre uma matéria interessante publicada na BBC sobre as cidades flutuantes do futuro: a que ponto chegamos! É fascinante e assustador observar a capacidade humana em destruir e reconstruir o espaço em que vivemos.

Por um lado, vivenciamos eventos extremos cada vez mais frequentes causados pelo aquecimento global. De outro lado, corremos atrás do prejuízo, desenvolvemos novas tecnologias que permitem novas formas de adaptação. E assim, caminha a humanidade.

 

Da Holanda, apresento as cidades flutuantes do futuro

Da Holanda, observamos o maior experimento de cidades flutuantes do mundo. Uma opção para um futuro distópico submerso. Afinal, o aquecimento global acelerou o processo de degelo das calotas polares e ameaça inúmeros países insulares e populações costeiras.

No continente europeu, a Holanda é o país mais ameaçado pelo aumento do nível do mar. Por isso, os holandeses destacam-se pela inovação em projetos de casas e fazendas flutuantes.

Entre construir muros de contenção de água ou viver flutuando sobre um lugar, a Holanda avança nas duas opções.

A inspiração veio da tragédia do furacão Sandy

Curiosamente, a ideia de uma fazenda flutuante nasceu de uma experiência de evento extremo nos EUA: o furacão Sandy.  Afinal, o testemunho do impacto sobre as ligações de transporte e as redes de abastecimento de Nova York em 2012 deu início ao projeto. Afinal, o evento extremo deixa rastros também nas prateleiras dos supermercados de Manhattan que continuavam vazias dias depois do desastre.

Daí veio a idéia de criar uma fazenda que seria adaptada às mudanças climáticas.

A fazenda foi inaugurada em 2019. Hoje possui 40 vacas, que circulam entre um pasto ao lado das docas e uma estrutura flutuante, a primeira do tipo no mundo.

Nesse sentido, a fazenda produz leite, queijo e iogurte (assim como adubo). Além disso, todos esses produtos são transportados por distâncias curtas até os consumidores por meio de bicicleta ou van elétrica.

Enquanto isso, sobras vindas da cidade servem de alimentos para as vacas, de restos de comida de restaurantes.

Além disso, toda energia é renovável baseada na energia solar distribuída por assinatura.

A Holanda é o lar de uma fazenda flutuante, a primeira de seu tipo no mundo

 

Em seguida, veremos cidades inteiras flutuantes

Apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a empresa americana Oceanix está liderando uma iniciativa envolvendo habitações humanas flutuantes de grande escala.

Nesse momento, a empresa desenvolve a primeira comunidade flutuante resiliente e sustentável do mundo, para 10 mil moradores em 75 hectares.

Essas novas “cidades” serão compostas de plataformas triangulares de dois hectares de área. Boiando, cada uma abrigando 300 moradores, com espaço adicional para produção agrícola e lazer. Nesse sentido, elas podem unir umas às outras, formando assentamentos cada vez maiores.

Ijburg, um subúrbio de Amsterdã, é a capital das casas flutuantes, com um número crescente de casas flutuantes sendo construídas

 

Apesar do tom futurista, temos cidades flutuantes seculares

De fato, humanos vivem e cultivam alimentos em ambientes flutuantes há séculos.

Há mais de 64 casos para estudo de comunidades indígenas flutuantes ao redor do mundo.

Por exemplo, as comunidades flutuantes nas ilhas de cultivo de cana do povo Uru no lago Titicaca, na fronteira entre Peru e Bolívia.

Ou ainda, os jardins flutuantes em Bangladesh, onde agricultores plantam sementes em espécies de jangadas feitas de plantas flutuantes, que sobem e descem conforme as cheias que ocorrem devido às monções anuais.

Além disso, esses sistemas indígenas sempre foram inerentemente sustentáveis, algo que nossas cidades atualmente não são.

Mais um ponto de reflexão irônica: foi a construção de grandes cidades que levou ao desaparecimento de muitas dessas habitações e práticas aquáticas, que agora estão sendo cogitadas como o futuro da vida urbana.

Lago Titicaca, na fronteira da Bolívia com o Peru

 

Os jardins flutuantes de Bangladesh sobem e descem com o aumento das águas

 

 

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